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Todos contra Rhodan – A gênese da Terceira Potência

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  As potências atacam ferozmente a abóbada energética . Os livros da saga  Perry Rhodan  lidos em ordem aleatória (entre eles, dois do 6º ciclo) me deixaram muito curioso para saber como tudo começou, especialmente sobre o surgimento da  Terceira Potência.  Então, eu resolvi seguir a ordem correta. Voltei ao  1º ciclo  e li os cinco primeiros. Segue um breve resumo de cada livro e comentários a respeito dos pontos que me chamaram atenção.   Missão Stardust (P1) Ediouro SSPG A primeira parte do livro trata da  viagem à Lua . Confesso que não estava com paciência para ler (essa narrativa mais do que conhecida), então segui a sugestão do editor e pulei para a página 52. A segunda parte narra o encontro de Rhodan e seus companheiros com os  extraterrenos arcônidas –  a nave está avariada e, por isso, eles estão presos na Lua. Os líderes são  Crest  e  Thora . Crest está fisicamente doente. Os outros tripulantes estão psiquicamente doentes, decadentes, sem o ímpeto que os fez criar outr

Rhodan, mutantes, tópsidas e ferrônios

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 Rhodan, mutantes, tópsidas e ferrônios Um tópsida, pronto para a batalha A saga de leitura da série Perry Rhodan continua. Eu decidi que vou ler, ao menos, todas as edições lançadas pela Ediouro no Brasil, e mais alguma coisa da SSPG (bastante coisa, espero). Acho que dá até o fim da vida.   Em termos quantitativos, os leitores de Perry Rhodan têm uma tarefa mais difícil do que os leitores da Barbara Cartland – é uma piada do Paul Merton: nesse esquete, ele está numa sala de espera da prefeitura, alguém pergunta o que ele foi fazer lá e ele conta que foi pedir autorização para ampliar sua estante de livros. O interlocutor se espanta e questiona, já que não vê necessidade de ir à   prefeitura para isso, e Merton responde que coleciona os romances da Barbara Cartland, que lança um novo livro a cada dois dias.   Acabei de ler um arco (P10 ao P13) no qual entram em cena os tópsidas . São seres reptilianos do planeta Topsid . Posso estar enganado, mas creio que seja a primeira apariç

Sexta-feira 13

Chegou o fatídico dia, quando você deve dar meia-volta se vir um gato preto cruzando seu caminho ou passar debaixo de uma escada. E se você pretende almoçar com colegas do trabalho, certifique-se de que o número de comensais na mesa não ultrapasse os doze, do contrário, alguém poderá, digamos, “passar desta para melhor” (especialmente o primeiro a sair. Na Santa Ceia, Judas foi o primeiro a sair e o primeiro a morrer).   Ou você pode fazer como os membros de um tipo de clube chamado Thirteen Club, que desafiavam a superstição promovendo almoços com 13 convidados em cada mesa para celebrar a data e fazendo tudo aquilo que é desaconselhável nesse dia, como abrir guarda-chuvas dentro do recinto, encher o ambiente de gatinhos pretos e almoçar sentado literalmente debaixo de uma escada (conforme podemos ver na foto seguinte). Perguntei ao Chat GPT se tais clubes ainda existem e ele me respondeu que não tem certeza. Não dei sorte na minha pesquisa.   Eu gosto de superstições. Elas fa

Crônicas outubrinas

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  Eu moro numa casa que tem muitas histórias estranhas. Entre elas, segue uma de que gosto bastante. No fundo do quintal, tem uma janela, que é do quarto dos fundos. Minha avó contava que, sempre que ela estava lavando roupa no tanque, ela começava a sentir a incômoda sensação de estar sendo observada pelas costas. Então ela se virava e olhava para a janela, ainda a tempo de ver um vulto se afastando – como se uma pessoa que estava espiando fosse percebida e se inclinasse para trás, para não ser vista. Eu nunca tive essa sensação, mas quase sempre me lembro dessa história quando estou por lá e acabo dando uma olhada para a janela. Uma vez, eu estava ouvindo umas músicas de uma banda de dark ambient chamada Möevöt –na verdade é um cara só – e faltou luz por alguns minutos. Os vocais lembram almas penadas lamentando. Só falta o barulho de correntes. Em breve, um conto meu será publicado numa coletânea chamada Suspense, Terror e Mistério , da editora Dark Books.  Mal posso esperar para

O velho mistério do novo ano

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Todo final de ano eu me lembro deste quadrinho do Richard Corben, que é parte da história "Tempo Final", publicado aqui no Brasil na revista Kripta nº 25.  O ano novo: uma ilha velada pelo nevoeiro. Nele vemos um homem numa jangada remando rumo a uma ilha, envolta por uma bruma. Sabe-se pelo enredo que o tal homem está à procura de alguns personagens que estão escondidos possivelmente nesse local, já que havia rastros na praia de um barco que partiu. Cada ano que chega para mim – creio que para a maioria – é como essa ilha envolta em névoa. É um mistério, tudo pode acontecer. Basta lembrarmos de 2020: apesar da grande quantidade de astrólogos, cartomantes e sensitivos, ninguém previu a pandemia. Há, é claro, os desdobramentos de coisas que já estão acontecendo, mas é improvável, para não dizer impossível, prever o que será, e como será. Lembremos do diálogo entre Luke e mestre Yoda, em "O Império Contra-Ataca". Luke, durante o treinamento, é informado por Yoda que s

Brazilian Gothic – Cadernos de Halloween – O saci

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O saci (Çaa Cy ‒ olho mau; pérérég ‒ saltitante) é um elemental, um duende ou diabrete que, em termos de comportamento, pode ser comparado aos trolls escandinavos, aos gremlins saxões e os djinn muçulmanos. É um espírito brincalhão, malicioso, que passa as noites pregando peças e irritando e cansando os humanos.  O fenômeno poltergeist, que de acordo com algumas correntes ocultistas é provocado por elementais, bem que poderia ter a participação de sacis, pois, entre as traquinagens mais características deles, estão deslocar objetos, dar sumiço neles, fazer bagunça, espalhar sujeira pela casa, estragar comida, furtar carvão, furtar comida, fazer barulho (apitar usando o cachimbo e dar pancadas nas paredes e móveis, os famosos raps já identificados pela parapsicologia) e irritar os animais domésticos e de pasto ‒ há quem diga que eles fazem tranças com nós complicados de se desmanchar nas crinas dos cavalos e que os montam, fazendo com que os pobres animais fiquem nervosos e galopem dura

Brazilian Gothic – Cadernos de Halloween – E os demônios?

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Será que existem operários do mal, criaturas responsáveis por manter acesas as chamas do crime e da destruição? Seriam esses seres criados por nós mesmos, uma exteriorização do mal interno de cada um? São almas humanas, de pessoas que eram más quando vivas, ou são criaturas de outra natureza, habitantes do reino espiritual? A origem dos demônios de acordo com a Bíblia é controversa. Existem algumas versões e, grosso modo, é possível dizer que há um ponto de convergência: eles seriam anjos que se corromperam, anjos caídos. Todas as religiões e crenças falam de seres malévolos. Todas têm um ponto em comum, que é a natureza diversa dessas criaturas: elas não são (e nunca foram) humanas (nas religiões mais antigas, essas criaturas não raro estariam no rol dos duendes e gênios perversos). Foram criadas à parte, no mundo espiritual, e vivem entre os dois mundos. São mais antigas que o homem e, por isso, têm um conhecimento amplo e arcano da psique humana. Têm grande astúcia, “malandragem