Rhodan, mutantes, tópsidas e ferrônios

 Rhodan, mutantes, tópsidas e ferrônios


Um tópsida, pronto para a batalha


A saga de leitura da série Perry Rhodan continua. Eu decidi que vou ler, ao menos, todas as edições lançadas pela Ediouro no Brasil, e mais alguma coisa da SSPG (bastante coisa, espero). Acho que dá até o fim da vida.  Em termos quantitativos, os leitores de Perry Rhodan têm uma tarefa mais difícil do que os leitores da Barbara Cartland – é uma piada do Paul Merton: nesse esquete, ele está numa sala de espera da prefeitura, alguém pergunta o que ele foi fazer lá e ele conta que foi pedir autorização para ampliar sua estante de livros. O interlocutor se espanta e questiona, já que não vê necessidade de ir à  prefeitura para isso, e Merton responde que coleciona os romances da Barbara Cartland, que lança um novo livro a cada dois dias.

 

Acabei de ler um arco (P10 ao P13) no qual entram em cena os tópsidas. São seres reptilianos do planeta Topsid. Posso estar enganado, mas creio que seja a primeira aparição na sci-fi desse tipo de criatura que, dos anos 80 para cá, ficou tão conhecida e se tornou estrela de literatura esotérica e teorias conspiratórias. Minha lembrança mais antiga,  e também meu primeiro contato com essas criaturas, foi na série Elo Perdido (os Sleestak). Depois, em O Império Contra-Ataca (com Bossk , um dos caçadores de recompensa que aprisionam Han Solo; eu tive na época um boneco de chumbo desse personagem, graças a Model Trem/Aventura na Galáxia) e, por último, mas não menos importante, em V, A Batalha Final, série de 1984, esta a aparição mais emblemática  – aquele rato sendo devorado pela morena com boca de sucuri foi impressionante!




Rhodan suou para destruir os tópsidas, usando uma estratégia de geopolítica espacial brilhante, livrando a Terra e o sistema Vega de um grande perigo, e também os simpáticos (porém meio chatos) ferrônios. Aliás, o fato de os tópsidas terem chegado ao sistema Vega por causa de um erro de cálculo foi muito bem bolado.


Um dos pontos altos desse arco foram as cenas em que os mutantes literalmente assombraram os tópsidas, em plena batalha, aparecendo e sumindo como fantasmas, e movendo objetos como poltergeists. Pena que o Gucky ainda não havia entrado na história. Fico imaginando o quanto ele iria trolar os reptilianos– seria hilário.

 

A guerra mental empreendida pelos mutantes também foi muito interessante, os reptilianos tendo suas mentes invadidas e tomando atitudes completamente contrárias às que normalmente tomariam, e seus subordinados sem nada entender... Esses momentos foram, de certa forma – porque foi uma ação arriscada e desgastante para os mutantes –, o alívio cômico da história, já que a situação em Vega era bastante tensa. Os tópsidas eram adversários muito difíceis, talvez os mais complicados do 1º Ciclo. Perry Rhodan antecipou muita coisa mesmo... Depois vimos coisas desse tipo em Star Wars (os mind tricks jedi), Scanners (de uma forma bem mais pesada e sombria), entre outros.


Esse mind game foi uma coisa bem marcante daquela época de Guerra Fria, as grandes potências do mundo real  (EUA, URSS, China) estudando e fazendo experimentos parapsicológicos e lisérgicos.

 

Leitura que segue, no momento estou no P3, A Abóbada Energética, já tendo lido os dois primeiros.





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