Crônicas outubrinas
Eu moro numa casa que tem muitas histórias
estranhas. Entre elas, segue uma de que gosto bastante. No fundo do quintal, tem uma janela, que é do quarto dos fundos. Minha
avó contava que, sempre que ela estava lavando roupa no tanque, ela começava a
sentir a incômoda sensação de estar sendo observada pelas costas. Então ela se
virava e olhava para a janela, ainda a tempo de ver um vulto se afastando – como
se uma pessoa que estava espiando fosse percebida e se inclinasse para trás,
para não ser vista. Eu nunca tive essa sensação, mas quase sempre me lembro
dessa história quando estou por lá e acabo dando uma olhada para a janela.
Uma vez, eu estava ouvindo umas músicas de uma banda de dark ambient chamada Möevöt –na verdade é um cara só – e faltou luz por alguns minutos. Os vocais lembram almas penadas lamentando. Só falta o barulho de correntes.
Em breve, um conto meu será publicado numa coletânea chamada Suspense, Terror e Mistério, da editora Dark Books. Mal posso esperar para ver esse conto impresso e ler os contos dos oito colegas com quem divido essa coletânea.
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