Brincadeiras cabulosas de áureos tempos

O tempo virou. Começou com uma ventania e, no meio da tarde, veio a chuva, trazida por uma frente fria que começou longe. Esse clima gótico e o fato de ser uma sexta-feira me encheram de nostalgia (ouça Remember a day , do Pink Floyd, e veja na sua tela mental aquele sol pálido e matutino de fotografia antiga ou de sonho). E esse aperto no peito me fez pensar em algumas brincadeiras sinistras que se fazia na infância. Crianças gostam de testar limites e desafiar o medo. Não era à toa que brinquedos de parque de diversão como o Trem Fantasma, a Casa das Bruxas e a famosa Konga (em São Paulo, Monga), a Mulher Gorila, eram concorridos e formavam-se filas imensas diante de suas entradas – eu ficava fascinado com as pinturas macabras da estrutura externa do Trem Fantasma do Tivoli Park, no Rio de Janeiro. Tinha vontade de levar para casa. Adoraria ter as paredes do meu quarto cobertas por aqueles desenhos sinistros. Algumas dessas brincadeiras não tinham um nome, tal como as brincadeir...